Maré viva
Primeiro a minha mão sobre o teu seio.
Depois o pé ─o teu─ sobre o meu pé.
Logo o roçar urgente do joelho
e o ventre mais à frente na maré.
É a onda do dorso que se instala.
É a linha do doce que se inscreve.
A mão agora impõe, já não embala
mas o beijo é carícia de tão leve.
O corpo roda: quer mais pele, mais quente.
A boca exige: quer mais sal, mais morno.
Já não há gesto que se não invente,
Audácia que não ache um abandono.
Então já a maré subiu de vez.
É todo o mar que inunda a nossa cama.
Afogados de amor e de nudez
somos a maré alta de quem ama.
Por fim o sono calmo que não é
senão ternura, intimidade, enleio:
o teu pé descansando no meu pé,
a minha mão dormindo no teu seio
(canción: Rosa Lobato de Faria/Mário Pacheco; foto: Miguel Rosado)
Depois o pé ─o teu─ sobre o meu pé.
Logo o roçar urgente do joelho
e o ventre mais à frente na maré.
É a onda do dorso que se instala.
É a linha do doce que se inscreve.
A mão agora impõe, já não embala
mas o beijo é carícia de tão leve.
O corpo roda: quer mais pele, mais quente.
A boca exige: quer mais sal, mais morno.
Já não há gesto que se não invente,
Audácia que não ache um abandono.
Então já a maré subiu de vez.
É todo o mar que inunda a nossa cama.
Afogados de amor e de nudez
somos a maré alta de quem ama.
Por fim o sono calmo que não é
senão ternura, intimidade, enleio:
o teu pé descansando no meu pé,
a minha mão dormindo no teu seio
(canción: Rosa Lobato de Faria/Mário Pacheco; foto: Miguel Rosado)
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