Lusitania


È terra compagni, è terra
terra secca da guardare
buona per camminarci sui ginocchi
e per pregare.
E vedo gente e c'è lavoro
e non sono giardini, è terra
occhi che hanno visto terra
e terra d'oro
e sono nasi, bocche, piedi trascinati
fra tovaglie di pizzo
capelli sempre spettinati.
Sono salite, ponti e discese
e barche e ponti ancora
è terra dimenticata
da pagine intere
che ancora adesso non ci guarda
non ci parla e non ci fa sapere.
Bella Signora Nostra che ci appari e scompari
vedi come poco sappiamo di te.
Loro hanno facce di muta cera
così com'è normale immaginare
chi vede sempre da sempre ultimo la sera
e se ha già visto non è neanche stanco
di guardare.
E vedo gente e c'è lavoro
e c'è sempre vento in strada
ad aspettare noi che siamo qui a vedere
e a camminare e nel nostro viaggiare
e volere ricordare e toccare e camminare
in questa smania
dimentichiamo posizioni, rotte e nomi
e siamo piccoli, stupiti viaggiatori soli
e tutto questo vento intorno invece...
È Lusitania.
E siamo piccoli, mediocri viaggiatori soli
e tutto questo vento intorno invece...
È Lusitania.
Bella Signora Nostra che ci appari e scompari
vedi come poco sappiamo di te.

(canción: Ivano Fossati; foto: Gonzalo HY)

1 comentario:

Anónimo dijo...

Lusitânia

É terra
companheiros, é terra,
terra seca para contemplar,
boa para caminhar de joelhos,
para rezar.

E vejo gente, há trabalho
e não são jardins, é terra,
olhos que têm visto terra,
terra d’ ouro.
São narizes, bocas, pés arrastados
entre toalhas de renda,
cabelos sempre despenteados.

São subidas, pontes e descidas
e barcos e pontes ainda,
é terra esquecida
de páginas inteiras,
que ainda hoje não nos olha
e não nos fala
e não nos faz saber.

Bela Senhora Nossa que nos apareces e desapareces,
vês como pouco sabemos de ti.
Eles têm rostos de muda cera,
assim como é normal imaginar
quem vê sempre desde sempre por último a noite.
E se já viu não está nem cansado
de contemplar.

E vejo gente e há trabalho
e sempre há vento na estrada a esperar
nós que estamos aqui a ver e a caminhar
e no nosso viajar
querer recordar e tocar e caminhar
neste anseio
esquecemos posições, rotas e nomes
e somos pequenos, maravilhados viajantes solitários
e todo este vento ao redor, ao contrário,
é Lusitânia

E somos pequenos, medíocres viajantes solitários
e todo este vento ao redor, ao contrário,
é Lusitânia

Bela Senhora Nossa que nos apareces e desapareces,
vês como pouco sabemos de ti.


Traduzione: Mila-BR, Salvatore Peresio - Sicily