Guarda-me a vida na mão


Guarda-me a vida na mão
Guarda-me os olhos nos teus
Dentro desta solidão
Nem há presença de Deus

Como a queda dum sorriso
P’lo canto triste da boca
Neste vazio impreciso
Só a loucura me toca

Esperei por ti todas as horas
Frágil sombra olhando o cais
Mas mais triste que as demoras
É saber que não vens mais


(Jorge Fernando/Raúl Ferrão;

foto: Paulo César)

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