A lua e o corpo
Eis que a lua devagar te vai despindo
Atrevendo uma carícia em cada gesto
De igual modo é que a nudez te vai vestindo
O teu corpo condescende sem protestos
Mal os ombros se desnudam surge o peito
Logo o ventre no desenho da cintura
Cada músculo detém o mais perfeito
Movimento em sincronia com a ternura
Já as ancas se arredondam e projectam
Sobre as coxas, sobre os vales, sobre os montes
Onde as vidas noutras vidas se completam
Quando o tempo é um sorriso ou uma fonte
Fica a roupa amontoada junto aos pés
Quer dos teus, quer dos da cama que sou eu
Estende a mão, apaga a lua que a nudez
Do teu corpo fica acesa sobre o meu
(Rui Manuel / Alfredo Marceneiro)
Atrevendo uma carícia em cada gesto
De igual modo é que a nudez te vai vestindo
O teu corpo condescende sem protestos
Mal os ombros se desnudam surge o peito
Logo o ventre no desenho da cintura
Cada músculo detém o mais perfeito
Movimento em sincronia com a ternura
Já as ancas se arredondam e projectam
Sobre as coxas, sobre os vales, sobre os montes
Onde as vidas noutras vidas se completam
Quando o tempo é um sorriso ou uma fonte
Fica a roupa amontoada junto aos pés
Quer dos teus, quer dos da cama que sou eu
Estende a mão, apaga a lua que a nudez
Do teu corpo fica acesa sobre o meu
(Rui Manuel / Alfredo Marceneiro)
(Ricardo Ribeiro - O álbum vermelho do fado, 2006)
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