Maria Lisboa
É varina, usa chinela,
tem movimentos de gata;
na canastra, a caravela,
no coração, a fragata.
Em vez de corvos no chaile,
gaivotas vêm pousar.
Quando o vento a leva ao baile,
baila no baile com o mar.
É de conchas o vestido,
tem algas na cabeleira,
e nas velas o latido
do motor duma traineira.
Vende sonho e maresia,
tempestades apregoa.
Seu nome próprio: Maria;
seu apelido: Lisboa.
(letra: David Mourão-Ferreira; música: Alain Oulman; cuadro: Ángel Oliveras Guart)
(letra: David Mourão-Ferreira; música: Alain Oulman; cuadro: Ángel Oliveras Guart)
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